sábado, 4 de junho de 2011

Personagens comentam sobre o último capítulo de "O Direito de Nascer"

Dona Carmem (Bete Mendes), Marta (Lourdes Mayer) e Dolores (Denise Del Vecchio) comentaram no capítulo desta sexta, dia 03/06, sobre a exibição do último capítulo da novela "O Direito de Nascer", exibido ao vivo no Maracanãzinho.

Vamos relembrar essa clássica novela?

Confira abaixo mais informações e um vídeo:



Vídeo com imagens de "O Direito de Nascer" (TV Tupi, 1964/1965), ao som da música-tema da própria novela, na voz da famosa Morgana. Uma lembrança a esse estrondoso sucesso da teledramaturgia nacional, com várias imagens raras.

"O Direito de Nascer" foi ao ar simultaneamente pela TV Tupi e pela TV Rio de 7 de dezembro de 1964 a 13 de agosto de 1965, de segunda a sexta-feira às 21h30, com um total de 282 capítulos. Escrita por Talma de Oliveira e Teixeira Filho, baseada no original cubano de Félix Caignet, com direção de Lima Duarte, José Parisi e Henrique Martins. Novela lacrimejosa, ficou por 8 meses no ar com grande repercussão.

A história se passa em Havana, capital de Cuba, no final do séc. XIX e início do séc. XX. Maria Helena Juncal (Nathalia Timberg), filha do poderoso Dom Rafael (Elísio de Albuquerque), namora Alfredo Martins (Henrique Martins), filho de um grande inimigo de Dom Rafael, que portanto jamais aceitaria a união dos dois. Até que Maria Helena acaba engravidando, e Alfredo pede a ela então que aborte a criança, mas ela, perplexa com a atitude do amado, não aceita. Dom Rafael fica furioso quando descobre, e a manda então para uma de suas fazendas, reclusa, junto com Dolores (Isaura Bruno). Dom Rafael instrui a um de seus homens, Bruno, para que matasse a criança assim que o parto acontecesse. O bebê então nasce, um menino que ganha o nome de Alberto Limonta. Bruno tenta matá-lo, mas Dolores o impede de fazer isso fugindo com a criança para salvá-la. Quando Maria Helena acorda, seu pai mente dizendo que Dolores fugiu roubando seu filho.

Maria Helena, extremamente triste e desconsolada, volta então para a casa do pai em Havana. Depois de mais algumas decepções com a filha, o pai acaba mandando a jovem para um convento. Mais alguns anos se passam, e o velho Dom Rafael sofre um sério acidente, necessitando de transfusão sanguínea. Albertinho (Amilton Fernandes), vivendo com Dolores em Santiago e agora médico formado, acaba doando seu sangue e salvando o velho sem sequer imaginar que ele era seu avô, o responsável por tudo. Dom Rafael se recupera, e Albertinho começa a namorar sua neta Isabel Cristina (Guy Loup), que na verdade era sua prima, com quem acaba se casando. Essa é a história (bem resumida) de um dos maiores, mais antigos e estrondosos sucessos da teledramaturgia brasileira, "O Direito de Nascer".

O tema da novela, o qual se ouve durante este vídeo, é cantado por Morgana, grande cantora falecida no ano 2000. Essa foi sua gravação de maior sucesso. Letra da música:

"Amor, eterno amor
É o direito de viver
Amor, eterno amor
Direito de nascer
De amor meus sonhos fiz
Pra ser feliz, quanto sofri
É sempre o amor mais forte
Mais forte do que a morte
Viver, crescer, vencer
Direito de nascer!

Amor, eterno amor
Cheio de paz
Todo de Deus
Amor, eterno amor
Razão dos dias meus
Se a fé que trago em mim
Me faz assim
Não vou mudar
É sempre o amor mais forte
Mais forte do que a morte
Viver, crescer, vencer
Direito de nascer!"

O último capítulo de "O Direito de Nascer" foi transmitido ao vivo em agosto de 1965 no Ginásio do Ibirapuera, em SP, numa sexta-feira, e no domingo seguinte no Maracanãzinho, RJ. Nos dois dias o público lotou os estádios, enlouquecido e elétrico com o desfecho da história. Tanto que Guy Loup chegou a desmaiar de tanta emoção. Há registros de que o último capítulo também foi transmitido ao vivo no Mineirão, em Belo Horizonte - MG, repetindo o sucesso.

Poucos registros gravados de "O Direito de Nascer" restam hoje. O que se conhece são apenas trechos do encerramento da novela gravados no Maracanãzinho. Comenta-se que restam ainda alguns cinejornais da época com cenas da novela. Se há mais alguma coisa, deve estar guardada à sete chaves, pois não conhecemos mais nada.

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