A história mostra o impacto da Ditadura Militar na vida de um grupo de jovens, do golpe de 1964 a 1971, com um epílogo em 1979, ano da anistia dos exilados. O cenário é o Rio de Janeiro da classe média e a trama segue o romance entre Maria Lúcia e João Alfredo, e a trajetória de um grupo de colegas do tradicional Colégio Pedro II, desde 1964, quando se formam e se instala no país o violento regime de ditadura (com prisão, tortura, assassinato e extradição dos opositores), até 1979, altura em que a política governamental terá já influenciado definitivamente os seus destinos.
Maria Lúcia é uma jovem individualista, traumatizada com a história do pai, Orlando Damasceno, um jornalista conhecido e membro do Partido Comunista, que sempre colocou a ideologia acima da realização pessoal. Quando ela conhece João Alfredo, percebe que ele tem o mesmo perfil do pai e tem medo de se entregar à paixão. João, por sua vez, é um jovem de classe média extremamente preocupado com as questões socais do país. Ao se apaixonar por Maria Lúcia, ele fica dividido entre o relacionamento afetivo e a militância política.
O melhor amigo de João, Edgar, também se apaixona por Maria Lúcia e passa a disputar o amor da jovem com João Alfredo. Com perfil oposto ao do amigo, Edgar não se envolve com as questões políticas e prefere investir na profissão e na felicidade pessoal.
Apesar de se amarem, Maria Lúcia e João Alfredo vivem em conflito por causa da política e da ideologia de cada um. O namoro dos dois fica ainda mais difícil quando ele decide entrar para a luta armada. Após muitos encontros e desencontros, os dois acabam se separando definitivamente. Ela se casa com Edgar, e João, perseguido pela ditadura, é obrigado a sair do país.
Entre os companheiros do movimento está Heloísa, filha do poderoso banqueiro Fábio Brito, que ajudou a financiar o golpe militar de 64. De garota rica e mimada, Heloísa dá uma reviravolta em sua vida ao entrar para a luta armada.
Abertura (1992)
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